Efeito placebo

Efeito placebo

Fico deslumbrada com a ideia que se pode dar a alguém um comprimido de açúcar, uma injecção salina ou dizer-lhe que temos uma nova droga para tratar o problema de que se queixa e uma percentagem dessas pessoas aceitam, acreditam, rendem-se ao tratamento e ficam curadas.

Isso acontece porque a partir dessa crença de que serão tratadas com o que lhes trará a cura, programam o sistema nervoso autónomo para ser a farmácia de que precisam; para produzir os produtos químicos exactamente iguais à substância que acreditam estar a tomar.

Questionamos então se o que cura é a substância que os médicos usam ou se é a capacidade inata de se curar pela força do pensamento e pela fé. O que acontece é que essa pessoa está a selecionar um novo potencial no Campo Quântico fazendo uso desse recurso inestimável, acessível a qualquer um e inesgotável – a força do pensamento.

Para que a cura aconteça é necessário que haja alinhamento e congruência entre o pensamento, o estado emocional e o querer do coração. É a combinação de uma intenção clara com uma emoção elevada e, dessa forma, mudam o seu estado de Ser.

Será possível ensinar alguém a ligar-se a esse Campo de potenciais infinitos em vez de se agarrarem à crença de que algo ou alguém exterior tenha esse poder? As evidências e  diversos estudos científicos nesta área afirmam que sim.

Num artigo publicado no Psychological Science sobre um estudo feito com camareiras de um hotel, a quem foi dito que o trabalho que desenvolviam correspondia a um bom exercício físico e que satisfazia as recomendações para uma vida activa, as mulheres, que passaram a acreditar que faziam bastante mais exercício do que aquilo que pensavam anteriormente.

Alguns meses mais tarde, apresentaram  diminuição de peso, tensão arterial, gordura corporal relação cintura/ anca e índice de massa corporal quando comparadas com as colegas a quem não foi dada a mesma informação.

Um outro estudo foi feito com 10 homens, com dor no joelho,  que necessitavam de uma cirurgia artroscópica. Na realidade não iam todos fazer a cirurgia completa. O Dr. Bruce Moseley, para testar o efeito placebo tão comum e comprovado já com medicamentos simples, queria estender essa ideia de placebo a procedimentos cirúrgicos.  Todos os homens seriam totalmente preparados para a cirurgia e sairiam do hospital com muletas e medicação para a dor. A cirurgia completa foi realizada apenas em dois pacientes. Três foram submetidos só a uma parte do procedimento e aos outros cinco, apenas fizeram três incisões – de forma a que os pacientes vissem e sentisses os cortes – sem que fosse realizada nenhuma outra intervenção. Nem mesmo o médico saberia antecipadamente a quem iria fazer o quê para não dar qualquer indicação ainda que inconscientemente. Todos os doentes acreditaram que tinham feito a cirurgia completa para aliviar as dores que sentiam.

Seis meses depois TODOS afirmaram que a dor tinha reduzido substancialmente. Maravilha! Uma melhoria imensa, para uma situação tratada com cirurgia, sem que qualquer intervenção nesse sentido tenha sido feita. O efeito placebo em todo o seu poder.

Um grupo de médicos reuniu-se para rever os estudos nesta área. Esta revisão examinou estudos que compararam antidepressivos com placebos “ativos”, isto é, placebos contendo substâncias ativas que imitam efeitos dos antidepressivos. PEQUENAS DIFERENÇAS foram encontradas em FAVOR DOS ANTIDEPRESSIVOS, considerando melhorias de humor.

Isso sugere que os efeitos dos antidepressivos podem geralmente ser superestimados enquanto os efeitos de seus placebos são subestimados.

Assim, parece que o poder está dentro de cada um de nós e não no exterior. Se a pessoa se concentrar em si de forma alinhada e congruente, se se aprender a conhecer, é possível dar espaço ao corpo para produzir o que precisa para se curar e ver a doença a regredir. Apenas porque mudou o seu estado interno e essa mudança permitiu que o corpo se auto curasse. Se isto não é uma descoberta sensacional não sei o que será.