Desafiar a vida

Desafiar a vida

Aprendemos a desconfiar de tudo e de todos; que a vida é difícil e o mundo um local inseguro. Aprendemos que temos de pensar muito antes de agir. Aprendemos que não devemos agir de forma impulsiva ou intuitiva porque quem faz isso são os animais irracionais. Aprendemos como nos devemos vestir, comportar e pensar. Aprendemos do que gostar, em que acreditar, que valores defender e como devemos viver.

Ensinam-nos que nós, raça humana, animais evoluídos e conscientes, temos de usar o raciocínio, o cérebro intelectual e dar voz à razão. Temos, idealmente, de analisar as questões que se nos deparam e, com raciocínio lógico e científico,  procurar soluções. Não devemos ser excessivamente emocionais e a intuição é coisa de new age. Temos de estudar, casar, ter filhos, procurar um emprego seguro e amealhar para a reforma para que esta seja vivida sem dificuldades.

Não devemos questionar as regras, o instituído, o que sempre foi feito assim e, por isso, deve continuar a ser. Se pensas fora da caixa corres mais riscos de ser excluído pelo que está definido nos cânones sociais e culturais. Não te atrevas a questionar a religião, a educação, a cultura, o país, a autoridade em suma, porque serás deserdado. É esta a ameaça mais ou menos velada que paira sobre todos desde que nascemos.

Se há regras e ideias, (conceitos/ pensamentos), que promovem o equilíbrio social e impedem a anarquia geral, outras (muitas!) limitam a criatividade, a expressão da essência de cada um e a individualidade que é tão necessária há evolução da espécie, do individuo e do ser social.

Ensinam-nos a que a razão e a reflexão são fundamentais, mas se questionamos o que está integrado na cultura e sociedade e pensamos diferente; se nos tornamos mais flexíveis e abertos ao que queremos e desejamos, passamos a ser rotulados de egoístas e loucos.

Somos, desde que nascemos, formatados e bombardeados com o que é de nós esperado quer pela família onde nascemos quer pelo país, cultura, religião, clube desportivo, partido político e tudo o resto de que se compõe o nosso modelo de mundo. Somos educados para seguirmos o que alguém, talvez até há muitas centenas de anos, definiu como correcto. O irónico da coisa é que esse alguém é tão inteligente como nós, (não mais), logo essa regra que integramos sem questionamento e sobre a qual regemos a nossa vida, não é  fruto da nossa reflexão para avaliar se ela nos serve ou não.

E, nos raros casos, em que nos atrevemos a desafiar o institucionalmente aceite somos amiúde queimados em praça pública pelo atrevimento. E assim vamos vivendo passando de geração em geração o que é esperado,quando e de que forma.

Eis uma lista de coisas que podem acontecer quando te atreves a questionar as regras:

  • A família olha para ti como ovelha negra
  • Irritam-se com as tuas escolhas e “pensamento alternativo”
  • Podes questionar relações que não te servem mais quer porque são tóxicas quer porque não te fazem feliz e passas a ser rotulado como “estranho” ou “difícil”
  • Podes mudar de profissão e atreves-te até a largar aquele emprego seguro
  • Passas a viver sobre as tuas próprias regras e arriscas-te a Ser Feliz
  • Podes decidir perdoar quem te magoou e Ser Livre
  • Podes decidir assumir a idade e não ter medo dos cabelos brancos e do olhar de reprovação dos outros
  • Podes libertar-te das expectativas e descobrir Quem Realmente És
  • Podes deitar fora as convicções que não te servem e arranjar outras Novas e Potenciadoras
  • Podes Acreditar no que quiseres que te faça sentir verdadeiramente Pleno e Realizado
  • Podes Apaixonar-te por ti
  • Podes SER FELIZ, LIVRE, ÚNICO, DIFERENTE e encontrar o TEU Lugar no Mundo

Esquece o que te ensinaram que era a forma certa de viver a vida e decide que as melhores decisões são aquelas que vêm do coração, são as que mantém alinhados a mente que pensa, a mente que sente e a mente que age. Sem esse alinhamento não estás a viver em congruência e a seguir o caminho traçado. Da vontade da alma. Esquece o que aprendeste e procura em ti as respostas certas e o que faz sentido para ti. Se assim não for, estás a reduzir a existência apenas aos“devias” desta vida.

Precisamos de confiar mais na nossa intuição e acreditar que sabemos o que nos faz feliz. Abdicar disso é abdicar de uma parte fundamental para o nosso desenvolvimento pessoal. O Poder Pessoal vem da nossa capacidade de escolher de que forma queremos viver independentemente dos outros.