Ser voluntário na Amore é encontrar um oásis de Amor e Paz no meio desta vida agitada. É cansar o corpo e parar a mente, encher o coração e recarregar energias no olhar de cada Ser que connosco interage.

É ser acolhida pelo abraço colo do Ricardo e o sorriso tímido do Nuno; pela bondade da Boneca, que nos ensina sobre entrega e pela alegria esfuziante da Rita; pela postura distante, mas amorosa, do Lucas, que consegue arranjar espaço no seu mundo para nós e nos fala de respeito; a curiosidade do Simon faz com que nos olhe altivamente num misto de emoções; pelo olhar penetrante do Kuzko, que tenta perceber quem somos; pelo deslumbramento da Sissi, que nos quer só para ela; pela loucura do Chico e pela doçura da Sol; pelo entusiasmo da Pevide e do Pistacho, que nos aceitam sem reservas, e pela rendição da Amêndoa, que nos ensina sobre gratidão;

Com o Habibi aprendemos a urgência do agora e o Jay ensina-nos sobre a cura da alma. A serenidade da Flor e o amor do Tito, do Bandido, da Isabella, do Queque, da Palha, do Caramelo e tantos outros só acrescentam e nunca, nem por um momento, sentimos que nos subtraem. São dezenas. Todos diferentes e na verdade todos iguais na sua essência de Ser e na pureza de alma. Com eles, rio, emociono-me, aprendo. Com eles partilho um tempo mágico de estórias, saberes, energias e AMOR.

Esta não é mais uma associação. Nem é mais um voluntariado. Não é algo que se faça porque sim ou para ficar bem na fotografia. É uma experiência de vida. E as experiências de vida com esta dimensão são difíceis de pôr em palavras pela dificuldade de expressar tantas e tão grandes emoções.

Fazer voluntariado na Amore é um misto de partilhas e um desembrulhar de emoções. É uma vivência de aprendizagens que me permite uma maior consciência de quem sou e do mundo.

Uma experiência que me desafia, que me coloca fora da minha zona de conforto, que me faz abrir o coração e mergulhar dentro de mim, em busca da minha essência e na senda do bem comum. Apenas para me permitir sentir esta conexão.

Aqui somos convidados a despir as máscaras, uma a uma, deixando-nos cada vez mais vulneráveis e recetivos ao amor e aceitação. Cultivamos o amor incondicional, a tolerância, o silêncio e a quietude interior no meio do reboliço do trabalho exigente.

Aqui, descobri uma maior união com a natureza e com o todo. E arranjei uma nova família, um grupo de seres únicos, de diferentes espécies, mas com algo em comum – todos comunicamos através da energia do AMOR.​