Estou de volta. Regressei à minha vida profissional activa. Ao blogue, às consultas, às terapias, às aulas e workshops, aos retiros, ao estudo e a muitas coisas mais. Tenho novos desafios para desenvolver e abracei a vida de novo com fôlego redobrado e consciência ampliada. Tenho um site e um novo espaço para receber. Adquiri novas competências e descobri a meditação e o trabalho energético. Saí do puramente racional, científico e cognitivo para abraçar o lado mais espiritual. Descobri o que está para além de mim e uni-me ao todo, aceitando-o como realidade. Abracei definitivamente esse lado e tornei-me uma pessoa mais completa.

Depois de um período conturbado em que fiquei sem chão, achei por bem fazer uma paragem para repensar o que andava a fazer e de que forma estava a (sobre)viver. Se trabalho com emoções, desenvolvimento pessoal e autoconhecimento não fazia sentido andar sem rumo, desgastada e vazia de mim. E como sei que a incongruência se sente não era de todo assim que queria continuar na profissão.

Se o meu objectivo profissional sempre foi apoiar as pessoas a (re) iluminar o que estava na escuridão e a reflectirem essa luz no mundo, de repente dou por mim completamente imersa em breu. Percebi assim que precisava de mergulhar nessa escuridão e não o conseguiria fazer se mantivesse os compromissos profissionais. O trabalho foi suspenso o olhar para dentro intenso e a luz reapareceu.

Tirei um ano sabático para me reencontrar. Foi um ano cheio de aprendizagens. De mergulhos mais ou menos profundos em mim. Num primeiro momento fiquei estilhaçada e fui levada ao confronto com a sombra para, de seguida, me reestruturar de forma mais fortalecida e plena. Afastei-me de tudo e todos e foi no silêncio da solidão que olhei de frente para o que precisava mesmo ser visto, vivenciado e integrado de forma plena. Reuni os pedaços e de repente as peças do puzzle encaixaram harmoniosamente e criaram um quadro que gosto de viver. A consciência ampliou-se. O passado do qual fugia foi mestre. E no fim, aprendi imenso sobre muito e principalmente sobre mim.

Abdiquei do controlo e entreguei-me de coração aberto e confiança redobrada à vida e ela não me desiludiu. Trouxe-me novas pessoas e outros mestres. Experiências e “coincidências” que me fizeram voltar a descobrir a fé. Tanto pelo qual sou imensamente grata.

Aproveitei para viajar, estudar, reciclar, limpar e desapegar-me do que me prendia. Abracei a vulnerabilidade ainda que com passos pequenos procurando a cada momento ultrapassar o medo e entrar na zona do conhecimento e da aprendizagem. Estou de volta.